Agora temos a total possibilidade de saber mais e mais sobre o passado.
Conseguimos perceber que, tal como estamos aqui, também as mulheres do passado estiveram aqui.
Temos a possibilidade de ler a história, saber quando começou e quando terminou a II Guerra.
Não conseguimos perceber logo é que quem a estava a viver, no centro da destruição, apenas entendia que tinha começado não tendo forma de calcular quando terminaria, ou, mesmo, se chegaria a terminar.
A violência é um fenómeno social, presente em todos os lugares e classes sociais.
Uma das várias configurações da violência é a cometida contra as mulheres, referida como atos de violência fundamentados na diferença de género, acarretando danos psicológicos, físicos, morais, patrimoniais e sexuais.
A violência que surge da superioridade imposta dos homens sobre as mulheres afeta toda a organização social, convencionou-se chamar violência de género, na qual a mulher sofre agressões pelo simples fato de ser mulher.
É decorrente da relação desigual de poder entre homens e mulheres, fruto de uma sociedade sexista e patriarcal.
Bem sabemos que como seres humanos temos vindo a ser moldados ao longo de milhões de anos no meio de pequenos grupos.
Aprender a viver no mesmo espaço, tanto real como agora virtual, está a exigir da nossa espécie um “upgrade” que talvez não consigamos porque precisaremos de mais tempo.
Sabemos, contudo, que ao que à violência sobre as mulheres diz respeito, o tempo não pode esperar.
Será que se trata de uma simples virgula (virgula = indicativo de pausa ligeira, usado com diversas finalidades), ou será que seremos antes ponto de interrogação (ponto de interrogação = sinal gráfico que indica dúvida)?
Vamos continuar a distorcer o presente como temos feito até aqui?
Será que o nosso “cérebro Milenar” ainda não assimilou a sociedade moderna em que vivemos, e continua assim a incorrer em comportamentos destrutivos?
Recorro à virgula (indicativo de pausa ligeira) para que paremos por instantes para nos interrogarmos, e finalizarmos com uma “simples” afirmação…